Cores quentes ou frias… Como e quando escolher?

As cores apresentam propriedades únicas, capazes de estimular estados emocionais mais positivos ou mais negativos, de gerar sensações de aconchego ou de desconforto, de incitar o relaxamento ou a excitação. A influência que as cores apresentam nas nossas vidas é incontestável.

É bastante comum encontrar paletes de cores  divididas em dois níveis: as cores quentes e as cores frias. Como o próprio nome indica, as cores quentes e frias têm o “poder” de transmitir sensações de calor ou de frio nos seres humanos, devido às experiências pessoais e às associações criadas consciente ou inconscientemente. Os vermelhos, laranjas e amarelos são cores quentes capazes de tranquilizar qualquer pessoa que anseie por alguma forma de calor. Por outro lado, os azuis, verdes e castanhos são cores frias, que estimulam o desenvolvimento de estados emocionais mais serenos e calmos.

Ao distinguir as cores quentes das frias, não consideramos as temperaturas ambientais ou corporais. Trata-se de uma distinção feita com base na perceção que temos das cores e da forma como elas se manifestam na natureza. As cores frias, por exemplo, são percebidas como elementos associados à noite e à água, usualmente entendidas com efeito relaxante. Já as cores quentes, são cores associadas ao sol e ao fogo, comummente entendidas com efeitos positivos ao nível do entusiasmo e da energia.

Qualquer cor é capaz de ocasionar um efeito psicológico específico. Existem inúmeras especialidades que utilizam as cores para estimular sensações e estados específicos. Para algumas abordagens orientais, os vermelhos tendem a ser vistos como estimulantes e indutores de sucesso, os laranjas como indutores de felicidade, os amarelos como promotores saúde e otimismo, os rosas como facilitadores de relacionamentos, os verdes como facilitadores de crescimento e de bons laços familiares, os azuis como inspiradores de estabilidade, confiança, relaxamento e de introspeção, os violetas como indutores de aventura e de espiritualidade, os pretos como encorajadores de trabalho e mistério, os brancos como cultivadores de comunicação e clareza, os cinzentos como indutores de união e criatividade e os castanhos como incitadores de estabilidade e segurança. De acordo com estas perspetivas orientais, é entendido que tanto a falta quanto o excesso de contato com as cores pode produzir efeitos negativos ao nível físico, psicológico e espiritual dos indivíduos.

As cores, quando estrategicamente utilizadas, são capazes de causar sensações positivas nas pessoas que as visualizam. São muitos os estudos académicos e científicos que comprovam que diferentes cores podem ser utilizadas para estimular distintos sentimentos e estados de emocionais. Para ambientes onde se pretenda estimular a actividade e despertar a energia, a escolha de cores quentes parece ser a opção mais adequada. Já se o interesse passar por manter a harmonia, a serenidade e o relaxamento, a escolha de cores frias parece ser a opção mais correta, mas é preciso não esquecer a importância de manter um ambiente equilibrado, sem faltas, mas também sem excessos. Na arquitectura e no design de interiores, o entrosamento das cores quentes ou frias com as cores neutras, como o preto, o cinzento e o branco, nos vários ambientes é uma relação tida em conta, com vista a acentuar ou a inibir determinados efeitos associados às respetivas cores, assim como, a tornar os espaços ideais de acordo com as necessidades, objetivos e interesses dos clientes, em cada caso particular.

 

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